quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Quase
Um pouco mais de sol - eu era brasa.
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possui...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi.....
Mário de Sá Carneiro
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possui...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi.....
Mário de Sá Carneiro
Cabaret Vert
Depuis huit jours j' avais déchiré mes bottines
Aux cailloux des chemins. j' entrais à Charleroi.
- Au Cabaret-Vert: je demandai des tartines
De beurre et du jambon qui fût à moitié froid.
Bienhereux, j' allongeai les jambes sous la table
Verte: je contemplai les sujets trés naifs
de la tapisserie- Et ce fut adorable
Quand la fille aux tétons énormes, aux yeux vifs,
- Celle-lá! ce n'est pas un baiser qui l'épeure!
Rieuse. m'apporta des tartines de beurre,
Du jambon tiéde, dans un plat colorié,
Du jambon rose et blanc parfumé d' une gousse
D'ail- et m' emplit la chope immense, avec sa mousse
Que dorait un rayon de soleil arriéré.
Poema do livro "Arthur Rimbaud- Poesia Completa"
Aux cailloux des chemins. j' entrais à Charleroi.
- Au Cabaret-Vert: je demandai des tartines
De beurre et du jambon qui fût à moitié froid.
Bienhereux, j' allongeai les jambes sous la table
Verte: je contemplai les sujets trés naifs
de la tapisserie- Et ce fut adorable
Quand la fille aux tétons énormes, aux yeux vifs,
- Celle-lá! ce n'est pas un baiser qui l'épeure!
Rieuse. m'apporta des tartines de beurre,
Du jambon tiéde, dans un plat colorié,
Du jambon rose et blanc parfumé d' une gousse
D'ail- et m' emplit la chope immense, avec sa mousse
Que dorait un rayon de soleil arriéré.
Poema do livro "Arthur Rimbaud- Poesia Completa"
sábado, 27 de dezembro de 2008
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Depois do Natal
Depois de uma ressaca Natalícia e acordar ao som de um cd chamado Café Cubano, com uma música que se denomina "Después de esta Noche"Félix Baloy!
Aquece-se a alma!
Depois de deixar as lides bloguistas durante alguns dias porque não tive tempo de parar!
Enfim Cá estou eu........
Aquece-se a alma!
Depois de deixar as lides bloguistas durante alguns dias porque não tive tempo de parar!
Enfim Cá estou eu........
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Sentido Contrário
As pessoas deviam ter mais de uma vida ou, pelo menos, uma que pudesse também voltar atrás se necessário. Para corrigir o que saiu mal à primeira, aprender a saborear as poucas horas boas-tal como uma canção que quanto mais se ouve mais se gosta- e, sobretudo, para poder ir primeiro por um lado e depois por outro e depois,sim, seguir pelo caminho encontrado.
Porque assim não dá. O que acontece não pára de nos acontecer e estamos confusos e ficamos perplexos com a vida que levamos e nos faz tanta falta. Para mais com a crescente dificuldade em a reconhecermos como nossa, se é igualmente a dos outros, tão próximos e distantes, com ela misturados desde o começo......
" Viver todos os dias cansa"- Pedro Paixão
Porque assim não dá. O que acontece não pára de nos acontecer e estamos confusos e ficamos perplexos com a vida que levamos e nos faz tanta falta. Para mais com a crescente dificuldade em a reconhecermos como nossa, se é igualmente a dos outros, tão próximos e distantes, com ela misturados desde o começo......
" Viver todos os dias cansa"- Pedro Paixão
sábado, 13 de dezembro de 2008
Poema
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin9s9mqhSaDeVKYabNUM7WYWCO0GD4MxmPBLNZ7QD837Eat9MUGh95c2xwN-AjhoiNS48APChsZnVBIknxM_Nu4kiNsx96QfJcHtgutiW4VZS4zoNEzYA3RNQ2iapuQh-rLQLt2pjPMcK3/s400/3.jpg)
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
Mário Cesariny
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Terror de te Amar
Violencia Infantil
sábado, 6 de dezembro de 2008
domingo, 30 de novembro de 2008
Sobre um Corpo
Sobre o teu corpo caio daquele modo que o verão tem de espalhar os cabelos na água esparsa dos dias e faz das peónias uma chuva de oiro ou a mais incestuosa das carícias Eugénio de Andrade Véspera da àgua
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Pablo Neruda
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4kQA2hj0uA5u09xTAb0KAJ45tZ7lJoZdwYNo39vk3SNc2_99ZCbLPvqaaWsbMxFDj0_P2QEUKLPw8IuEGMr4hvUWfPG84JuJ6PJVlDDHHEhp2N_bTqiwNSSUBYvi7qhHtrU_PF-sy0HdM/s320/cat.jpg)
Tu és filha do mar e prima do orégão,
nadadora, teu corpo é de água pura,
cozinheira, teu sangue é terra viva
e as tuas regras são floridas e terrestres.
A àgua vão teus olhos e levantam as ondas,
à terra as tuas mãos e saltam as sementes,
sobre água e terra tens propiedades profundas
que em ti se juntam como as leis de greda.
Nàiade, corta o teu corpo a turquesa
e já ressuscitado floresce na cozinha
de tal modo que assumes quanto existe
e por fimadormeces entre estes braços que afastam
da sombra sombria, para que tu descanses,
legumes, algas, ervas: a espuma dos teus olhos.
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