![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi02nhdGbaVD7puw8JUD4bsmcISeMfRPtsLl6frhyKTe7WidZ8nahDMR1mWTAHSF1ArjtedL19BsZa1FUX96kHk-7RUnRvs_qxoPHl1mKAwZnoZWpIT0z2f3QnfUcuu3EtOIKWiFXZfRhLw/s400/images.jpg)
sábado, 18 de abril de 2009
Amar se Aprende Amando
O mundo é grande...
nesta janela sobre o mar.
o mar é grande e cabe na cama
e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.
Carlos Drummond de Andrade
nesta janela sobre o mar.
o mar é grande e cabe na cama
e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.
Carlos Drummond de Andrade
domingo, 29 de março de 2009
domingo, 22 de março de 2009
El Desconocido
La noche nace en espejos de luto.
Sombríos ramos húmedos
ciñen su pecho y su cintura,
su cuerpo azul, infinito y tangible.
No la puebla el silencio: rmores silenciosos,
peces fantasmas,se deslizan,fosforecen, huyen.
La noche es verde, vasta y silenciosa.
La noche es morada y azul.
Es de fuego y es de agua.
La noche es de mármol negro y de humo.
En sus hombros nace un río que se curva,
una silenciosa cascada de plumas negras.
La noche es un beso infinito de las tinieblas infinitas.
Todo se funde en ese beso,
todo arde en esos labios sin límites,
y el nombre y la memoria
son un pouco de ceniza y olvido
en esa entraña que sueña.
Noche, dulce fiera,
boca de sueño, ojos de llama fija y ávida,
océano,
extensión infinita y limitada como un cuerpo acariciado a oscuras,
indefesa y voraz como el amor,
detenida al borde del alba como un venado a la orilla del susurro o del miedo,
río de terciopelo y ceguera,
respiración dormida de un corazón inmenso, que perdona:
el desdichado, el hueco,
el que lleva por máscara sus rostro,
cruza tus soledades, a solas con su alma.
...............
Él marcha solo, infatigable,
encarcelado en su infinito,
como un solitario pensamiento,
como un fantasma que buscara un cuerpo.
Octavio Paz
Sombríos ramos húmedos
ciñen su pecho y su cintura,
su cuerpo azul, infinito y tangible.
No la puebla el silencio: rmores silenciosos,
peces fantasmas,se deslizan,fosforecen, huyen.
La noche es verde, vasta y silenciosa.
La noche es morada y azul.
Es de fuego y es de agua.
La noche es de mármol negro y de humo.
En sus hombros nace un río que se curva,
una silenciosa cascada de plumas negras.
La noche es un beso infinito de las tinieblas infinitas.
Todo se funde en ese beso,
todo arde en esos labios sin límites,
y el nombre y la memoria
son un pouco de ceniza y olvido
en esa entraña que sueña.
Noche, dulce fiera,
boca de sueño, ojos de llama fija y ávida,
océano,
extensión infinita y limitada como un cuerpo acariciado a oscuras,
indefesa y voraz como el amor,
detenida al borde del alba como un venado a la orilla del susurro o del miedo,
río de terciopelo y ceguera,
respiración dormida de un corazón inmenso, que perdona:
el desdichado, el hueco,
el que lleva por máscara sus rostro,
cruza tus soledades, a solas con su alma.
...............
Él marcha solo, infatigable,
encarcelado en su infinito,
como un solitario pensamiento,
como un fantasma que buscara un cuerpo.
Octavio Paz
domingo, 15 de março de 2009
O Amor Chegou Com As Chuvas
Enquanto o mundo dorme
eu permaneço acordada
Num glorioso palácio de prazer
sento-me vigilante
e vejo uma rapariga abandonada
com uma grinalda de lágrimas
que passa a noite a contar
as estrelas a contar as horas
que a separam da felicidade
Se eu soubesse que
o amor e o desespero
andam sempre de mãos dadas
teria pegado num tambor
e iria proclamar pela cidade
que o amor
foi banido para sempre
Mirabai
eu permaneço acordada
Num glorioso palácio de prazer
sento-me vigilante
e vejo uma rapariga abandonada
com uma grinalda de lágrimas
que passa a noite a contar
as estrelas a contar as horas
que a separam da felicidade
Se eu soubesse que
o amor e o desespero
andam sempre de mãos dadas
teria pegado num tambor
e iria proclamar pela cidade
que o amor
foi banido para sempre
Mirabai
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Sintonia
Caem as letras,uma a uma......
Cai a nossa roupa, espalha-se pelo chão,
Rebolam os versos nos nossos corpos
Em alegre sintonia,
Sinto-te na minha carne, quente...
Entras devagar, dentro de mim
E sacias-me a fome e o querer.
Transpiras-me,
Inspiras-me!
Realizo-te as fantasias mais loucas
Numa entrega indiscreta,
E quente, aredente...
tomo-te e imaginas-me tua.
Inventamos caminhos indecentes
Para percorrermos juntos
E chegamos, loucamente, ao fim
Inspiras-me!
Transpiras-me!
Sintonia
Voluptuosidade
Sou tua
Saberás o que queres?
e Amante sensual
Vera Silva
Cai a nossa roupa, espalha-se pelo chão,
Rebolam os versos nos nossos corpos
Em alegre sintonia,
Sinto-te na minha carne, quente...
Entras devagar, dentro de mim
E sacias-me a fome e o querer.
Transpiras-me,
Inspiras-me!
Realizo-te as fantasias mais loucas
Numa entrega indiscreta,
E quente, aredente...
tomo-te e imaginas-me tua.
Inventamos caminhos indecentes
Para percorrermos juntos
E chegamos, loucamente, ao fim
Inspiras-me!
Transpiras-me!
Sintonia
Voluptuosidade
Sou tua
Saberás o que queres?
e Amante sensual
Vera Silva
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Do Que Nada Se Sabe
A lua ignora que é tranquila e clara
E não pode sequer saber que é lua;
A areia, que é a areia. Não há uma
Coisa que saiba que sua forma é rara.
As peças de marfim são tão alheias
Ao abstracto xadrez como essa mão
Que as rege.Talvez o destino humano,
Breve alegria e longas odisseias,
Seja instrumento de outro.Ignoramos;
Dar-lhe o nome de Deus não nos conforta.
Em vão também o medo, a angústia, a absorta
E truncada oração que iniciamos.
Que arco terá então lançado a seta
Que eu sou?Que cume pode ser a meta?
Jorge luis Borges in" A Rosa Profunda"
E não pode sequer saber que é lua;
A areia, que é a areia. Não há uma
Coisa que saiba que sua forma é rara.
As peças de marfim são tão alheias
Ao abstracto xadrez como essa mão
Que as rege.Talvez o destino humano,
Breve alegria e longas odisseias,
Seja instrumento de outro.Ignoramos;
Dar-lhe o nome de Deus não nos conforta.
Em vão também o medo, a angústia, a absorta
E truncada oração que iniciamos.
Que arco terá então lançado a seta
Que eu sou?Que cume pode ser a meta?
Jorge luis Borges in" A Rosa Profunda"
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Kafka
A arte voa em torno da verdade mas com a atenção decidida de se não queimar nela.
A sua capacidade consiste em encontrar no vácuo um lugar onde o raio de luz possa ser resgatado.
Franz Kafka
A sua capacidade consiste em encontrar no vácuo um lugar onde o raio de luz possa ser resgatado.
Franz Kafka
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Herberto Helder
Espaço que o corpo soma quando se move,
não apenas o espaço mexido pelos dedos, mas
o superlativo,
a dança,
arte dos números,
e o que se inventa e entesoura,
punhados de ouro grosso enquanto se atravessa o sono,
e a matéria sombriamente escrita,
o espaço interno do teu nome, ah o teu
amargo, árduo, agudo,
quente
nome lavra a minha língua lenta, digo:
o fósforo e a lixa do teu nome riscam
e calcinam
a língua portuguesa
A Faca Não Corta O Fogo Herberto Helder
não apenas o espaço mexido pelos dedos, mas
o superlativo,
a dança,
arte dos números,
e o que se inventa e entesoura,
punhados de ouro grosso enquanto se atravessa o sono,
e a matéria sombriamente escrita,
o espaço interno do teu nome, ah o teu
amargo, árduo, agudo,
quente
nome lavra a minha língua lenta, digo:
o fósforo e a lixa do teu nome riscam
e calcinam
a língua portuguesa
A Faca Não Corta O Fogo Herberto Helder
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
sábado, 7 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Charles Anjo 45
Ôba, ôba, ôba Charles
Como é que é
My friend Charles
Como vão as coisas Charles?
Charles, anjo 45
Protector dos fracos
E dos oprimidos
Robin Hood dos morros
Rei da Malandragem
Um homem de verdade
Com muita coragem
Só porque um dia
Charles marcou bobeira
Foi sem querer tirar féria
Numa colônia penal
Ôba, ôba, ôba Charles
Como é que é
My friend Charles
Como vão as coisas Charles?
Charles, Anjo 45
Protector dos fracos
E dos oprimidos
Mas Deus é justo e verdadeiro
E antes de acabar as férias
Nosso Charles vai voltar
Para alegria geral
Antecipando o carnaval
Vai ter batucada
Uma missa em acção de graças
Vai ter feijoada
Whisky com cerveja
E outras milongas mais
Ôba, ôba, ôba Charles
Como é que é
My friend Charles.......
Caetano Veloso
Estou ouvindo.....
Como é que é
My friend Charles
Como vão as coisas Charles?
Charles, anjo 45
Protector dos fracos
E dos oprimidos
Robin Hood dos morros
Rei da Malandragem
Um homem de verdade
Com muita coragem
Só porque um dia
Charles marcou bobeira
Foi sem querer tirar féria
Numa colônia penal
Ôba, ôba, ôba Charles
Como é que é
My friend Charles
Como vão as coisas Charles?
Charles, Anjo 45
Protector dos fracos
E dos oprimidos
Mas Deus é justo e verdadeiro
E antes de acabar as férias
Nosso Charles vai voltar
Para alegria geral
Antecipando o carnaval
Vai ter batucada
Uma missa em acção de graças
Vai ter feijoada
Whisky com cerveja
E outras milongas mais
Ôba, ôba, ôba Charles
Como é que é
My friend Charles.......
Caetano Veloso
Estou ouvindo.....
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
sábado, 31 de janeiro de 2009
A Vida Responsável
...
e cortar as unhas às minhas filhas.
Madrugar outra vez e ter cuidado
em não dizer incomveniências,
esmerar-me na prosa de umas folhas
e estou-me nas tintas para elas,
retocar de vermelho cada face.
Lembrar-meda consulta ao pediatra,
responder ao correio,estender roupa,
declarar rendimentos, ler uns livros,
fazer umas chamadas telefónicas.
Bem gostaria de me dar ao luxo
de ter o tempo todo que quisesse
para fazer só coisas esquisitas,
coisas desnecessárias, prescindíveis
e, sobretudo, inúteis e patetas.
Por exemplo, amar-te com loucura.
Amália Bautista, Trípticos Espanhóis
e cortar as unhas às minhas filhas.
Madrugar outra vez e ter cuidado
em não dizer incomveniências,
esmerar-me na prosa de umas folhas
e estou-me nas tintas para elas,
retocar de vermelho cada face.
Lembrar-meda consulta ao pediatra,
responder ao correio,estender roupa,
declarar rendimentos, ler uns livros,
fazer umas chamadas telefónicas.
Bem gostaria de me dar ao luxo
de ter o tempo todo que quisesse
para fazer só coisas esquisitas,
coisas desnecessárias, prescindíveis
e, sobretudo, inúteis e patetas.
Por exemplo, amar-te com loucura.
Amália Bautista, Trípticos Espanhóis
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Faz-se luz......
Faz-se luz pelo processo
de eliminação de sombras
Ora as sombras existem
as sombras têm exaustiva vida própria
não dum e doutro lado da luz mas no próprio seio dela
intensamente amantes loucamente amadas
e espalham pelo chão braços de luz cinzenta
que se introduzem pelo bico nos olhos do homem
Por outro lado a sombra dita a luz
não ilumina realmente os objectos
os objectos vivem às escuras
numa perpétua aurora surrealista
com a qual não podemos contactar
senão como amantes
de olhos fechados
e lãmpadas nos dedos e na boca
Mário Cesariny, in "Pena Capital"
de eliminação de sombras
Ora as sombras existem
as sombras têm exaustiva vida própria
não dum e doutro lado da luz mas no próprio seio dela
intensamente amantes loucamente amadas
e espalham pelo chão braços de luz cinzenta
que se introduzem pelo bico nos olhos do homem
Por outro lado a sombra dita a luz
não ilumina realmente os objectos
os objectos vivem às escuras
numa perpétua aurora surrealista
com a qual não podemos contactar
senão como amantes
de olhos fechados
e lãmpadas nos dedos e na boca
Mário Cesariny, in "Pena Capital"
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
João Aguardela
domingo, 18 de janeiro de 2009
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Intensidades
Cessam em ferida as nossas bocas
as nossas bocas evaporadas luzem
arrastando os despojos do amor
descarnado na névoa do tule
da tarde teu corpo como um
deserto treme pensativo agreste
profanação de sombras seculares
onde desabrido geme inútil
o meu corpo ignorado
cujos olhos sepultam flores silvestres
no vasto caminho da alma dos outros...
o vento sublime pelas nossas
bocas evaporadas vai subindo
graciosa carícia de água
que adormece o consolo
somos felizes somos loucos!
onde ondeia a força que nos separa?
no compasso astral!
canto agora ensandecido a tua boca
regato do meu ser bem firme
sopro húmido da aurora
é deus o novo outrora
que perfuma a lama da eternidade
ilusão da maré destas bocas revoltadas
exaustas que arrebatam o pecado
nunca amaram as bocas geladas
que se afastam evaporadas no
ocaso primaveril da luz do teu peito
redondo onde antes entrara
escuro o último raio de sol
quando mortas repetirem este gesto
as nossas bocas na lonjura
intemporal gigante encostadas
às rochas da fome terna onde
aprendemos a sentir a extensão
diluída do que fomos
os lábios que te peço lembram
o arder do fogo que curioso
adormece na vigília da noite
com a amarga ânsia roubada
aos beijos inextinguíveis
das bocas de néctar evaporadas
Henrique Levy
INTENSIDADES
Euroexpress
colecção o sol no tecto
2001
as nossas bocas evaporadas luzem
arrastando os despojos do amor
descarnado na névoa do tule
da tarde teu corpo como um
deserto treme pensativo agreste
profanação de sombras seculares
onde desabrido geme inútil
o meu corpo ignorado
cujos olhos sepultam flores silvestres
no vasto caminho da alma dos outros...
o vento sublime pelas nossas
bocas evaporadas vai subindo
graciosa carícia de água
que adormece o consolo
somos felizes somos loucos!
onde ondeia a força que nos separa?
no compasso astral!
canto agora ensandecido a tua boca
regato do meu ser bem firme
sopro húmido da aurora
é deus o novo outrora
que perfuma a lama da eternidade
ilusão da maré destas bocas revoltadas
exaustas que arrebatam o pecado
nunca amaram as bocas geladas
que se afastam evaporadas no
ocaso primaveril da luz do teu peito
redondo onde antes entrara
escuro o último raio de sol
quando mortas repetirem este gesto
as nossas bocas na lonjura
intemporal gigante encostadas
às rochas da fome terna onde
aprendemos a sentir a extensão
diluída do que fomos
os lábios que te peço lembram
o arder do fogo que curioso
adormece na vigília da noite
com a amarga ânsia roubada
aos beijos inextinguíveis
das bocas de néctar evaporadas
Henrique Levy
INTENSIDADES
Euroexpress
colecção o sol no tecto
2001
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
O Operário em Construção
De repente do riso fêz-se o pranto
silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fêz-se espuma
E das mãos espalmadas fêz-se o espanto.
De repente da calma fêz-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fêz-se o pressentimento
E do momento imóvel fêz-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fêz-se de triste o que se fêz amante
E de sózinho o que se fêz contente.
Fêz-se do amigo próximo o distante
Fêz-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vinicius de Moraes, in" O Operário em Construção"
silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fêz-se espuma
E das mãos espalmadas fêz-se o espanto.
De repente da calma fêz-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fêz-se o pressentimento
E do momento imóvel fêz-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fêz-se de triste o que se fêz amante
E de sózinho o que se fêz contente.
Fêz-se do amigo próximo o distante
Fêz-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vinicius de Moraes, in" O Operário em Construção"
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
A Nossa Vida
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtLUedTgCpWwAqXKB95-cDOVHRM5SqBUYk_Ae42QquXX8Cg5ySgjsu1venIROfyaxbDtFdAwtYNgvGJSKjoE-EZmqBQSmGHkLGUwQerrwx3UzrMavTnTEanRa3meuKQjdltY4XsqaNQm6k/s400/sorriso.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit6F6g9Cemfa-lxhLVeyK5Q4-jg_y6pvttVY9OWa-OG0x5XYu4MlxqbrhvKgfRriWOPnPZLQAMnosyG_D0JkqZCD8KGhaJFMUGcX65llmobnwSFeEJRGdigQINRvNGjWWyfmPR-tbJFzrH/s400/sorriso+de+um+sem+abrigo.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLZWrC1hLBW2OT5obVjeBUiR3VBO_2zK1ASiKZZU6D6XhALqSNZDnYBC2HFqGJ-S0Ox709kkpzI-1SZisqh28mpQDWp2vkIjCb6C2_MLMNwWnYVtQbmphDkgw5FEdhoCj97pB7GVR8MvJ7/s400/3.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikHMIjFs8JcEskldizAI6yUEnLWcZsewHg4S3fzlH9B5SE05URZ2Th4tQgj8o9x8AX2xHmobuqSNmXTupa9thYpKRG1p-1VA2kjuo6NnCMepCf3L9ZlxbOpOX-AmmnGEa0RgLvZHCar9-3/s400/2.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-TuDQ0f9TJlA15hJpXy-DGXE0O3wffTB1gjZPlYSpQpBQmPpybmVpvRP15Br3TYprQXG3fXQt-a6nvhPNj3yzGjFkR6iVDD5YXizAHViu4atXMQDJVp51OwdWVwdhN_NJjUJLGagU84GT/s400/images.jpg)
Por vezes sentimo-nos pequeninos e inocentes num mundo tão grande.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
domingo, 4 de janeiro de 2009
O Virgem Negra
Põe-me as mãos no sexo,
Beija-me na coxa,
Abre-me no plexo,
Uma ferida roxa.
Eu não sei porquê,
Meu dês d'onde venho,
Sou o ser que vê
Só seu tamanho.
Põe a tua mão
Num laço sem fim,
E chega ao desvão,
Abre-o para mim.
...
É importante foder (ou não foder)?
É evidente que não, não é importante.
Fode quem fode e não fode quem não quer.
Com isso ninguém tem nada
Mas mesmo nada
A ver.
O que um tanto me tolhe é não poder confiar
Numa coisa que estica e depois encolhe,
Uma coisa que é mole e se pôe a endurar e
A dilatar a dilatar
Até não se poder nem deixar nada
Para depois se sumir
E dar vontade de rir e d'ir urinar.
Isso eu o quiz naquele verso louco que tenho ao pé:
"O amor é um sono que chega para o pouco ser que se é"
Verso que, como sempre, terá ficado por perceber ( por
mim até).
Dorme, filha, dorme,
Vaga em teu sorrir.
Sonho-te tão bem
Que o corpo me vem
E me venho sem ir
...
Pinar só co' a cabeça
É protérrima noção
Ca literatura começa
Ter muita aceitação.
Entada a tola entra tudo: taco
Tórax e veio.
Se não couber no buraco
Racha-te o bruaco ao meio.
-Nem rachar será preciso
Só rasgar um bocadinho
Como na árvore, inciso
O nome do passarinho
O Virgem Negra, Fernando Pessoa, explicação às criancinhas naturais e estrangeiras por M. C. V., Mário Césariny, Assirio &Alvim.
Beija-me na coxa,
Abre-me no plexo,
Uma ferida roxa.
Eu não sei porquê,
Meu dês d'onde venho,
Sou o ser que vê
Só seu tamanho.
Põe a tua mão
Num laço sem fim,
E chega ao desvão,
Abre-o para mim.
...
É importante foder (ou não foder)?
É evidente que não, não é importante.
Fode quem fode e não fode quem não quer.
Com isso ninguém tem nada
Mas mesmo nada
A ver.
O que um tanto me tolhe é não poder confiar
Numa coisa que estica e depois encolhe,
Uma coisa que é mole e se pôe a endurar e
A dilatar a dilatar
Até não se poder nem deixar nada
Para depois se sumir
E dar vontade de rir e d'ir urinar.
Isso eu o quiz naquele verso louco que tenho ao pé:
"O amor é um sono que chega para o pouco ser que se é"
Verso que, como sempre, terá ficado por perceber ( por
mim até).
Dorme, filha, dorme,
Vaga em teu sorrir.
Sonho-te tão bem
Que o corpo me vem
E me venho sem ir
...
Pinar só co' a cabeça
É protérrima noção
Ca literatura começa
Ter muita aceitação.
Entada a tola entra tudo: taco
Tórax e veio.
Se não couber no buraco
Racha-te o bruaco ao meio.
-Nem rachar será preciso
Só rasgar um bocadinho
Como na árvore, inciso
O nome do passarinho
O Virgem Negra, Fernando Pessoa, explicação às criancinhas naturais e estrangeiras por M. C. V., Mário Césariny, Assirio &Alvim.
Subscrever:
Mensagens (Atom)